Pastor, um discipulo de Cristo

Pastor, um discipulo de Cristo

 

É com muita gratidão que mais uma vez falaremos do discipulado cristão, no qual, se refere no nosso compromisso de seguir a Cristo diariamente durante todo tempo de nosso viver. No presente número refletindo sobre o sermão do monte principalmente acerca das bem-aventuranças.

Aprendemos através das leituras dos evangelhos, que Jesus vendo as multidões subiu no monte, e cercado de discípulos passou a ensiná-los, enquanto olhava no rosto de cada um, ele dizia verdades que não se coadunam com os pensamentos do homem natural, como por exemplo: 

_ Bem-aventurados os humildes de espírito porque deles é o reino dos céus. Certamente que, até o dia de hoje a humildade que nos leva a submissão é rejeitada no mundo, em muitos casos também por aqueles que desejam exercer domínio sobre o povo de Deus, não tendo em conta o que Deus pode e quer fazer; é bom lembrar que, os exaltados serão humilhados os humilhados serão exaltados. Compreendemos que, o presente versículo nos ensina principalmente, a real necessidade de contínuo desenvolvimento espiritual tendo Cristo como alvo e modelo.

_ Bem-aventurados os que choram porque eles serão consolados, naturalmente que dentro da visão humana, a felicidade é para quem sorrir, porém examinando as escrituras vemos que: melhor é a tristeza do que o riso, por que com a tristeza do rosto se faz bem ao coração. O sábio Salomão também nos diz que: melhor é ir a casa onde há luto do que ir a casa onde há banquete, naquela se vê o fim de todos os homens; e os vivos que o tomem em consideração. Sabemos que os motivos que fazem um cristão chorar, também o fazem buscar o socorro de Deus e isso com certeza é muito consolador.                 

 _ Bem-aventurados os mansos, por que herdarão a terra. Essa verdade divina chocou-se com os pensamentos correntes da época; pois os Romanos governavam o mundo pela força e muita arrogância, enquanto muitos judeus esperavam a libertação pelo poder da espada e outros instrumentos de guerra, onde a mansidão certamente não fazia parte de seus apetrechos, portanto foi assustador para eles a proclamação da vitória para os mansos. Amados discípulos do Senhor, aprendamos que para a condução do povo a Deus, a mansidão é a virtude fundamental e em nosso compromisso pessoal com Deus e ao próximo, a mansidão é indispensável. Por isso nosso mestre nos instrui dizendo: Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração e achareis descanso para a vossa alma. 

_ Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.

Cremos que o Senhor, no presente texto nos ensina a necessidade da busca da retidão e que esta busca deve ser intensa ocupando um lugar de primazia no coração do discípulo. Tendo em vista que a justiça é pertinente ao reino de Deus como esta escrito em Mt 6:33  Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. E ainda em Rm 14:17 Porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. Cremos também que o Senhor se referia ao desejo dos piedosos de ver os ímpios sendo julgados por Deus.

 No livro de Habaquque 1,1-4 vemos o profeta gritar por justiça, pois via ao seu redor; perversidade, litígio, contendas, opressão. Então ele clamava dizendo: a lei está frouxa e a justiça nunca se manifesta.

   O Senhor nos enriqueça com humildade, nos ensine a chorar aos seus pés, nos dê a brandura da mansidão e nos faça justos e resignados para esperar a justiça de Deus.    

Pr. João Gonçalves Mendes

 

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